30 outubro 2008

Um dia de trabalho nas terras do sol nascente...

Manhã passada com "fones" nos ouvidos para não me interromperem enquanto finalmente terminava a revisão de uma tradução de um documento chato que já estava para rever há cerca de uma semana... é claro que a técnica dos "fones" não resultou e houve alguns: "Mana Joana, pode só ver isto....?" Aproveitei essas pausas para perguntar ao E e à E se "já acabaram as 150 palavras que têm de escrever para o relatório trimestral ao doador?" Ao que ouvi uma resposta que estavam "a estudar mana Joana, é que não estamos habituados a isto, e é uma coisa nova." O relatório é só dizer que o escritório está montado e que continuamos a ter dores de cabeça com o tipo que é suposto ser o chefe do projecto e que não atende o telefone nem responde a mails... Se na 2a-feira não se apresentar ao serviço sou capaz de ter de pedir ao doador para suspender o projecto enquanto arranjo alguém para o substitutir...

Hora de almoço - tradução revista, enviada à tradutora para revisão final e espero que na próxima semana o pagamento possa ser feito.

A tarde foi animada, com mistos de bons e maus... Começou com ter de ir a uma reunião em substituição do substituto do meu chefe - que está de férias, que era suposto voltar na 2a, e que como vai a uma conferência na outra semana seguinte não só fica a trabalhar a partir de sua casa na próxima semana, como só volta ao nosso fantástico contentor daqui a mais duas semanas... Como diz o meu amigo P.M - Mauuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu. A reunião também era com a H. que felizmente daqui a um mês e meio se vai embora, acho que nesse dia um grande grupo de nós se vai dirigir à nossa lojinha e vai comprar umas garrafas de champagne - das caras e boas - para festejar. Enfim... adiante, o tema da reunião eram os dinheiros e felizmente pude fugir 5 minutos depois porque o substituto do meu chefe-que-só-chega-dia-17-urgh-urgh-urgh-urgh conseguiu acabar a outra reunião e conseguiu vir para esta. A seguir, reunião skype com ex-consultor que aceitou trabalhar praticamente de borla para a fase II de uma proposta de projecto porque gosta muito de Timor-Leste, de nós e gostava que para além dos 150.000USD que já nos ajudou a conseguir, que conseguissemos mais 85.000USD. Sei que para alguns estas quantias são migalhas, mas a malta do Ambiente consegue que isto estique por dois anos, ou mais! Em seguida respondem-se a mais uns 5 (mil!!!) mails... Depois venho a descobrir que afinal coisas que supostamente tinham sido feitas nas minhas férias para preparar pagamentos de pessoal porreiro que trabalhou desenfreadamente para a proposta de 150.000USD, não foram feitas... Resolveram-se mais alguns problemas desse projecto com a chefe das finanças que é a minha heroína. Pedi mais atenção ao N. Ele ficou triste. Pediu-me desculpa. Disse que eu tinha razão. Pediu desculpas novamente. Antes de ir embora, enviou-me documentos para eu verificar e no email pediu-me desculpas novamente.

Gosto muito do N. É dedicado ao nosso trabalho. É dedicado a mim. Já recusou ir para outros sítios porque gosta de estar a trabalhar comigo e gosta do nosso trabalho. Mas falta nele, como em tantos outros, juntar essa dedicação e boa vontade, com sentido de responsabilidade, com concentração, com noção de urgência e de importância. E pergunto a outros que também vieram para estas bandas trabalhar, como conseguimos dar a volta a estas questões? O N. tem muito valor, tem muito potencial. Gostava de o ver subir e ser bem sucedido. Mas......

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