23 julho 2009

Música do dia

Pó de Arroz, by Carlos Paião

Pó de Arroz,
Na face das pequenas
Será beleza apenas, só
Uma corzinha com

Pó de arroz
Rosa é, mulher o pôs
E o homem vai nas cenas
Eva e Adão outra vez

É como enfeitar um embrulho
Arroz com gorgulho talvez

(Refrão)
Pó de arroz
Do teu arrozal
Esse pó que é fatal
És a tal que me encanta com

Pó de Arroz
Não faz nenhum mal
É de arroz integral
Infernal, quando chegas com
Todo o teu arroz (bis)

Pó de Arroz
Tens hoje só pra mim
Pós de perlimpimpim
És um arroz doce sim

Pode ser
Um canto de sereia
Serei a tua teia
E tu serás meu algoz

Mas quando te vais alindar
Alindada vens dar no arroz




(http://letras.terra.com.br/carlos-paiao/67118/)

Últimas ouvidas ontem à noite na minha rádio... quality...

David Gray - This Years Love
Abba - Chiquitita
Bucks Fizz - Making Your Mind Up
Barry White - I'm Gonna Love You Just a Little More, Baby
Teddy Pendergrass - If You Don't Know Me by Now
Al Green - I can't Get Next To You
Deolinda - Contado Ninguém Acredita
Rita Redshoes - Your Waltz
Os Pontos Negros - Xadrez & Chanel
Da Vinci - Conquistador

21 julho 2009

14 julho 2009

O jogo matinal

O dia começa sempre com um jogo para o qual é preciso ter os sentidos todos em alerta, os espelhos do carro acertados e o switch da concentração no ON.

Nível 1:
Sair de casa com ajuda do security da manhã que me diz se posso carregar no acelerador ou não mediante alguma movimentação nos 100m da nossa rua - esta pode ser de táxis (com ou sem música aos altos berros), angunas, carros da policia internacional, carros do governo, motas de qualquer tamanho-formato-estado, bicicletas ou mesmo tiga-rodas que andam a vender modo bem cedinho.

Nível 2:
Entrar na rua do Ministério da Educação já sem o meu backup, tenho de ver como está o cruzamento e se há muitos táxis a querem fazer coisas diferentes ao mesmo tempo, a ocupar o dobro do espaço necessário para aquela manobra. Passado este obstáculo, evitam-se as primeiras motas e os carros a virem da direcção oposta, em contra-mão, não atropelar pessoas a atravessar a rua, e chegada à rotunda da Catedral.

Nível 3:
Rotunda da Catedral - o nível do jogo começa a subir de dificuldade; as prioridades... espera... que prioridades? Quem tem prioridade? O que é que o condutor do veículo que se move já na rotunda entende como as regras da prioridade? A estratégia para ultrapassar este nível é esperar por uma aberta ideal para que sem dúvida alguma possa entrar com segurança no nível seguinte. Atenção às motas e bicicletas e outros veículos que por vezes decidem não dar a volta à rotunda.

Nível 4:
A caminho da "rotunda" do relógio - este nível requer algum conforto em utilizar a buzina, em ter os sentidos todos em alerta e carregar na alavanca da paciência. Ainda antes do cruzamento com semáforos, começam a entrar mais carros, a vir da rua do Bombay Kitchen, e o caos instala-se... carros e motas e outros a entrarem, mikroletes a quererem atravessar para-parar-para-apanharem-passageiros, táxis a 10 à hora a quererem atravessar, motas com 2 adultos e 3 crianças a passarem de um lado para o outro. Respiro fundo. Buzino. Vou metendo o nariz do carro para aqui ou para ali, e finalmente, chego aos semáforos que estão desligados, mas estão lá uns polícias de trânsito que rapidamente assobiam para que o carro se mova lalais-lalais para o outro lado do cruzamento - independentemente de haver muitos mais carros do outro lado ou não. Finalmente, chego à "rotunda do relógio".

Nível 5:
Para entrar na rua da loja-amarela-dos-DVDs há que sair da "rotunda" do relógio e entrar ali à frente do Wasabi, conseguindo evitar as motas que se cruzam à frente, as que cortam as esquinas, as que vêm cheias de crianças e que nem se preocupam com os carros... chega-se aos próximos semáforos, entrada à direita, sempre em frente até aos próximos semáforos sem problema, seguir em frente. Este nível até nem é muito stressante.

Nível 6:
A rua da EDTL está sempre cheia de prendas - carros que estão na 3a faixa não existente que em vez de virarem à direita seguem em frente e tentam que haja uma 3a faixa numa rua que não o permite; táxis que param porque sim, sem sinal, sem espaço, sem pensar nos carros que estão atrás e que é a hora de ponta; os tiga-rodas andam em contra-mão e as bicicletas às vezes também; as mikroletes vão parando e saem sem sinal, sem ver os espelhos como for; os polícias internacionais aceleram porque pensam que podem assim, sem mais nem menos; as motas vão entrando e saindo da EDTL, outras saem dos becos que há ali ao lado da Sílvia... e finalmente tentar estar já na faixa do lado esquerdo, porque vou virar para a rua do MSS; entretanto os que vêm da rua da entrada da Missão, têm todos de virar para a direita deles, nossa esquerda, entretanto os que estão na faixa do lado direito, ao meu lado, é suposto entrarem na rua à nossa frente, mas passar para a faixa do lado direito ao mesmo tempo que os táxis, carros do governo, carros da polícia internacional, carros diplomáticos, carros privados, motas, bicicletas, tiga-rodas e mais outros tantos incluindo camiões, tentam entrar para a rua do nosso lado esquerdo, vindo da faixa do lado esquerdo.

Nível 7:
Finalmente toda a gente amanhou-se e estamos na rua do MSS. Mas... as mikroletes param e arrancam sem ver, a malta das motas, decidindo que há espaço para 2,5 faixas, posicionam-se de uma maneira simpática, zig-zangeando para que na realidade seja só uma faixa. Entretanto há trânsito em contra-mão e a malta da RTL ainda tenta que haja alguma ordem. À frente da DNE - ali ao lado dos "nossos" GeNinhos meto o pisca para a direita e entra-se num processo de negociação com os carros vêm dessa rua. Uns já aprenderam que num cruzamento o carro se deve manter sempre na sua faixa se houver trânsito nas duas direcções, mas este conceito não foi ainda bem socializado. Ao virar o carro depois de definir que se pode avançar, há ainda que ter cuidado com os motoqueiros-kamikaze que gostam de estar em contra-mão, aparecer do nada e isto tudo com pelo menos 3 crianças na mota. Finalmente a última rua.

Nível 8:
Entrada no parque de estacionamento.
Respirar fundo.
Mais um jogo completo. Pontuação máxima, sem penalizações.

10 julho 2009

Passeio do fim-de-semana passado

A nova viatura




Vistas a regressar de Batugadé





O regresso chamou por uma paragem em Maubara - o forte e o pequeno mercado de artesanato onde comprei mais umas coisinhas para a uma mean de Vila Verde que na realidade agora é uma mutin...



09 julho 2009

Dedicatória

Frase do dia, em conversa com o senhor afro cá do sítio:

Parece-me cada vez mais óbvio que esse cabelo todo não está a deixar os teus neurónios oxigenar.


Por ter sido um pouco mázinha, deixo-te aqui uma pequena dedicatória cheia de amor e carinho fraternal.


07 julho 2009

Tasi Tolu de bicicleta

Tudo corre bem - as vistas são fantásticas, o passeio faz-se bem embora com calor e conclui-se que pedalar uma hora até lá para passear no meio das lagoas não é nada mau.







A vista lá de cima da capela João Paulo II também não é nada má, e a capela é surpreendentemente bonita.







O problema são os pneus das bicicletas que não são feitos para andar em terreno não alcatroado... felizmente, na paragem de mikroletes de Tasi Tolu, há a clássica banca de pneus, onde facilmente derreteram borracha onde as câmaras de ar tinham furos (3 furos no pneu da frente e mais uns 2 no pneu de trás) e voltaram a encher os pneus. Foi remédio santo até chegarmos a Díli. No entanto, uma paragem para almoçar na habitual esplanada de fim-de-semana, Castaway, foi o suficiente para voltarem a esvaziar. O M. riu-se muito - a dele continuava bem. No dia a seguir, o pneu da frente dele também se tinha esvaziado - felizmente, para ele, já estava arrumada em casa.


06 julho 2009

Amadou & Mariam

Politic amagni

Politic amagni, politic amagni, politic amagni, politic amagni...
ayana mer, ayana mer, ayana mer
...kako le bwaala...kano la bwaala vor
aya politike bwaala...kaweo fa bwaala
...aya aga no si bwaala

[switch to English]

Politic needs blood
Politic need cries
Politic needs human beings
Politic need votes
That's why, my friend, it's in evidence
Politic is violence
Why, my friend, it's in evidence
Politic is violence

[verses in Bambara; softly underlay English:]
Violence...

..kake le bwaala &c...

[switch again to English]

Male voices:
Politic needs force
Politic need cries
Politic need ignorance
Politic need lies
That's why, my friend, it's in evidence
Politic is violence
Why, my friend, it's in evidence
Politic is violence

03 julho 2009

Plano para fim do dia de Domingo....


Prazeres esquecidos...

Tinha-me esquecido do prazer de descobrir música nova, de andar a vasculhar no All Music à procura de música parecida com outra que gostava, a tentar perceber melhor o que estava por trás dos sons. Redescobri este prazer nos últimos três dias, depois da devolução do meu fiel companheiro ipod, que o P. tinha levado para casa para rechear com novidades.

Umas destas novidades relembrou-me deste prazer que estava a desenvolver quando saí novamente de Portugal, rumo a Timur-Timur pela 3a vez.

Esta novidade tem como nome: Amadou & Mariam - a biografia deles no All Music aqui

Obrigada P.!!!

Vou continuar a vasculhar no meu ipod e depois se calhar faço-te umas encomendas! Já temos saudades do nosso kolega; hoje estive para te telefonar, a ver se querias ir almoçar comigo já que a R. decidiu ir à picanha com os imigrantes, trabalhar...